Severo Portela Júnior, Pintor e Escultor, nasceu em Coimbra, a 10-09-1898, e faleceu em Lisboa, a 08-07-1985. Era filho de Severo Portela, Escritor, e de Miquelina Penalva Figueiredo Jardim Portela e neto dos Viscondes de Monte São.
Apesar de ter dado os primeiros passos na arte da escultura, na Escola de Belas-Artes de Lisboa e onde se formou aos 22 anos, orientado por Simões de Almeida (sobrinho), foi na arte da pintura que se afirmou, tendo desenvolvido um pictoralismo influenciado por Columbano, que fora seu mestre no curso de Pintura.
Apaixonou-se por uma senhora de Almodôvar e mudou-se para o Alentejo. Durante 10 anos ficou totalmente afastado da pintura e sem qualquer contacto com as artes. Somente em 1930 Portela Júnior voltaria a Lisboa.
Em 1933, foi bolseiro da Junta Nacional de Educação, facto que lhe possibilitou efectuar viagens de estudo a França, Itália e Espanha, para aperfeiçoamento de técnicas de pintura.
Participou, civicamente, como presidente do Grémio da Lavoura de Almodôvar. Como reconhecimento do seu valor e dedicação a esta vila, durante 30 anos, Almodôvar consagrou-lhe o Museu Municipal Severo Portela.
Para o Seguro, contribuiu com duas obras:
Foi autor do emblema de A Pátria, Sociedade Alentejana de Seguros, 1915, com a seguinte composição a cores:
Dentro de um escudo, uma representação alegórica da Pátria vestida com uma cota de armas, com a cruz de Cristo no peito, e segurando uma lança com a mão esquerda. A mão direita segura o escudo da cidade de Évora, completam o conjunto os escudos de Beja e Portalegre e a designação: “A Pátria”.
É também autor da gravura que representa a Faca de Mato, obra do cinzelador Rafael Zacarias da Costa que foi “salvado” das companhias de seguros Fidelidade e Garantia. A publicação onde se inclui a gravura tem por título: “A Verdadeira e Sumária História da Faca de Mato”, edição de 1929, de António Henriques Alves de Azevedo.