Um sismo de grande magnitude, estima-se uma intensidade entre 8,7 e 9 na escala de Richter, destruiu parte da cidade de Lisboa, em especial a zona da Baixa da cidade. Atingiu, ainda, outras zonas do país, como Setúbal e todo o litoral do Algarve. Em Espanha, a sul, atingiu Sevilha e deixou marcas na muralha da cidade de Carmona.
Foi um dos sismos mais mortíferos da História, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Esta catástrofe natural foi a mais destrutiva nos últimos séculos a atingir Portugal.
O sismo foi seguido de um maremoto, que se julga ter atingido a altura de 20 metros, assim como de vários incêndios na cidade, tendo feito cerca de 10 mil mortos, não se sabe ao certo.
Teve grande impacto político e socioeconómico na sociedade portuguesa do século XVIII dando, por consequência, origem aos primeiros estudos científicos do efeito de um sismo numa área alargada, marcando assim o nascimento da sismologia moderna.
No ano de 1755 não existiam, ainda, seguros destinados a cobrir os prejuízos decorrentes da perda de edifícios e dos respetivos recheios. Os prejuízos pessoais ficaram por conta de cada um.
A reconstrução da Baixa de Lisboa foi por conta do Estado, em que o Marquês de Pombal mandou redesenhar a planta da cidade aos arquitetos Carlos Mardel, Manuel da Maia e Eugénio dos Santos.