2010, 20 de fevereiro – Aluvião na Ilha da Madeira
A chuva continuou a cair incessantemente na ilha da Madeira durante a madrugada de 20 de fevereiro de 2010.
Este temporal foi uma sequência de acontecimentos iniciados por forte precipitação, seguida por uma subida do nível do mar. A orografia da ilha, a falta de planeamento urbanístico e a construção ilegal foram fatores que terão agravado os efeitos da catástrofe, provocando fortes inundações com o transbordo das ribeiras e derrocadas ao longo das encostas da ilha, em especial a sul.
A parte baixa da cidade do Funchal foi inundada e a circulação viária foi impedida, por pedras e troncos de árvore arrastados pelas ribeiras de São João, Santa Luzia e João Gomes.
A capela de Nossa Senhora da Conceição, foi levada pela força das águas, junto com algumas casas. A imagem da Santa, foi salva por populares.
Foram confirmados 47 mortos, 4 desaparecidos, 600 desalojados e 250 feridos.
A quantidade de água que caiu naquele dia, em particular no Pico do Areeiro, foi o valor mais alto jamais registado em Portugal.
Os prejuízos foram estimados em cerca de 1 080 milhões de euros, repartidos pelo Estado, na ordem dos 740 milhões de euros, pelo Governo regional, juntamente com donativos privados e seguradoras que suportaram 309 milhões. O Fundo de Solidariedade da União Europeia contribuiu 31 milhões de euros.
O governo português declarou três dias de luto nacional.